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20 de setembro de 2020

Essa mais uma história da Carochinha, parte da cultura Brasileira e muito usada nas escolas Waldorf daqui, durante o ensino fundamental I.

….Tralalalalá, a História Vai Começar….

A MENINA DOS BRINCOS DE OURO

Era uma vez uma menina muito delicada e bonita. Sua mãe era uma viúva sempre severa e rude com sua filha.

Um dia a menina ganhou um brinco de ouro. Era seu maior e único tesouro, por isso sempre que ia nadar no rio, seu passatempo favorito, cuidava para não perder seu brinco, tirava-os e deixava em uma pedra na beirada da água, para pegar de volta na hora de voltar para casa.

Certo dia a menina esqueceu dos brincos na pedra e voltou pra casa distraída. Quando chegou lembrou que os havia deixado à margem, temia ser castigada, nem ligou que era tarde, voltou correndo ao rio para buscar seus brincos.

Quando lá chegou um velho feio encontrou. O velho pegou a menina, pôs dentro de um grande saco de couro e levou-a nas costas. Depois costurou a boca do saco com a menina dentro e disse:

-Agora vou ganhar dinheiro. Quando eu te mandar cantar tu canta se não quiser apanhar.

Assim o velho levava a menina no saco costurado e bem alto dizia:

-Quer ver um sapo cantar que nem gente? Canta sapo se não quiser levar sopapo!

E a menina cantava dentro do saco:

“Nesse saco me puseram, nesse saco hei de morrer. Por causa dos brincos de ouro que na pedra não devia esquecer.”

Todo mundo ficava admirado e dava dinheiro ao velho que foi ficando enricado.

Até que um dia o velho chegou em uma casa da vila onde a tristeza era tão grande que só de ver doía.

-Deixa eu te alegrar vendo meu sapo cantar. Canta sapo se não quiser levar sopapo!

E a menina cantou dentro do saco:

“Nesse saco me puseram, nesse saco hei de morrer. Por causa dos brincos de ouro que na pedra não devia esquecer.”

Mas essa era justamente a casa da mãe da menina que logo que ouviu o canto reconheceu a voz da filha. Não podendo ela enfrentar a força do velho, ainda mais armado de seu cajado, a mulher fingiu estar encantada com o canto do sapo e convidou-o a ficar para dormir e jantar.

Como já era tarde o velho viajante aceitou, comeu e bebeu. E quanto mais ele bebia, mais bebida a mãe da menina servia. Logo ele se embebedou e pregou num sono profundo. A mãe então libertou sua filha do saco e encheu o saco novamente com esterco ainda molhado, costurando novamente a boca do saco.

A menina coitada estava quase morta de tão fraca, há dias sem comida nem água. Sua mãe cuidou dela com muito amor e carinho. Logo ela estava recuperada.

E o velho saiu de manhã cedo levando o saco cheio de coco de carneiro fresco. Chegando em outra casa foi logo falando.

-Quer ver um sapo que canta como gente? Canta sapo pra não levar sopapo!

E nenhum barulho veio de dentro do saco.

-Tá dormindo seu sapo?- gritou o velho enfezado dando um chute no saco- Canta ou vai apanhar com o cajado!

E como no saco só tinha esterco e não menina, não veio a cantoria. O velho ficou ainda mais bravo e bateu com o cajado no saco, mas bateu com muita força, acabou estourando o saco e espalhando esterco pra todo lado. O velho ficou coberto de coco de carneiro e dizem que até hoje ele ainda está com o cheiro.

FIM

….MÚSICA….

Para uma história da nossa cultura popular, nada como uma música folclórica, não é mesmo, Deixo aqui a música\trava língua, O Sapo no Saco, na versão do grupo Pequeno Coração Caipira.

….ATIVIDADE….

Vamos Costurar um Saco?

Costurar é uma habilidade que tem sido cada vez mais esquecida, mas ensinar a criança a costurar traz muitos benefícios, trabalha a coordenação motora fina, a atenção e a concentração, além de, sendo uma habilidade manual repetitiva, estimular o pensamento e a imaginação.

Aprender a costurar também ajuda no desenvolvimento da escrita, por isso essa atividade deveria ser feita por toda criança na idade de alfabetização.

Para ela vamos precisar de: barbante, uma agulha bem grossa (que dê para passar o barbante) e um pedaço de estopa cortado em um retângulo com o dobro do tamanho do saco desejado.

Dobre o saco ao meio e agora é só costurar dois lados, dar um nó e virar o saco costurado do avesso para as costuras ficarem para dentro.

Você também pode fazer bordados com as crianças usando esses mesmo materiais e desenhando com a agulha e o barbante.

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